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A disciplina pode sanar a ausência de profissionais especializados no mercado de trabalho
[Fonte: Segs] A Braspag e a Fundação Getúlio Vargas (FGV)/ Escola de Administração de Empresas de São Paulo (EASP) firmaram uma parceria que leva os conhecimentos acadêmicos para solucionar necessidades reais da empresa. A disciplina, intitulada Inovação Estratégica Cielo/Braspag, ministrada pelo professor doutor do curso de graduação em Administração de Empresas da FGV/EASP, Adrian Kemmer Cernev, é oferecida aos graduandos de Administração do 6º ao 8º semestre da instituição e realizada no escritório da Braspag. O objetivo é fazer com que os alunos tenham contato com o dia a dia da empresa e possam apontar soluções inovadoras para situações reais indicadas pelos executivos, aplicando os conhecimentos acadêmicos na prática. “A disciplina é formatada de acordo com as necessidades dos alunos e da empresa e por isso leva o seu nome. Antes de aplicá-la, diversas questões logísticas são alinhadas com a empresa para que os resultados sejam positivos para ambos os lados”, explica Cernev.
De acordo com o diretor geral da Braspag e diretor de e-commerce e canais digitais da Cielo, Rogério Signorini, “como uma empresa focada em inovação, a Braspag viu no projeto uma excelente oportunidade de fomentar a educação no país e promover novas propostas na empresa, a partir de ideias criativas de pessoas com novas visões de negócios, além de um olhar de fora, que possibilita trazer ainda mais inovação para nossas soluções”, diz.
A disciplina é eletiva e os alunos inscritos são selecionados de acordo com o desempenho nas matérias regulares. “Isso é importante porque levamos apenas alunos interessados na atividade e que podem fazer a diferença. Eles não vão trabalhar efetivamente para a empresa porque não é um estágio, mas terão uma experiência multidisciplinar fundamental para quando ingressarem no mercado de trabalho”, afirma Cernev.
De acordo com a Organização Mundial do Trabalho (OIT), O Brasil utiliza menos de 1% da população jovem no mercado de trabalho. Dentro do que é aproveitado, segundo o Ministério do Trabalho, 42% dos aprendizes atuam como auxiliares de escritório e 17% trabalham como assistentes administrativos. Em contrapartida, empresas em geral afirmam que não conseguem preencher diversas vagas de trabalho por ausência de profissionais qualificados para as funções desejadas.
Uma pesquisa da Softex aponta que apenas no setor de TI, o Brasil possui mais de 1,3 milhão de empregos, mas a falta de profissionais qualificados gera um gap de 48 mil vagas a serem preenchidas, o que pode ocasionar perdas de aproximadamente R$ 115 bilhões até 2020. Para Adrian, “os jovens saem das universidades com muito conhecimento, mas a ausência de vivência prática gera falta de especialização em determinadas áreas, o que resulta nesta lacuna. O projeto traz este tipo de experiência e pode ser a solução para preencher as demandas das empresas empregadoras”, afirma.
Diferente dos tradicionais programas de capacitação ou de jovens aprendizes, a disciplina não tem o intuito inicial de preparar o aluno apenas para uma vaga de trabalho. “É muito mais do que isso! É uma forma de aplicar na vida real o que eles aprendem quando ainda estão na faculdade e também de trazer inovação para os desafios da empresa”, explica Cernev.
Na prática, os 18 alunos selecionados para a disciplina passam por quatro fases. A primeira ocorre em sala de aula, onde os estudantes aprendem metodologia e fazem estudos de caso e de mercado. Na segunda fase, já dentro da empresa, eles conhecem detalhes da companhia e seus desafios, que são apresentados pelos executivos. A partir disso, os alunos são divididos em quatro grupos e cada grupo será responsável por apresentar uma solução para um desafio real da empresa. Na terceira fase, os estudantes deverão pesquisar, tanto do ponto de vista acadêmico quanto mercadológico – podendo, inclusive, visitar clientes, concorrentes e etc. – para elencar as soluções cabíveis para o desafio. Na última fase, as soluções serão apresentadas para a empresa.
Todo este processo conta com acompanhamento e direcionamento do doutor Adrian Cernev e interação semanal com os executivos da Braspag. “Nossa equipe está completamente engajada para fornecer todas as informações e dados necessários para que os alunos absorvam o máximo de aprendizado acadêmico e também sobre o mercado, e consequentemente, para que apresentem as melhores soluções”, explica o diretor comercial da Braspag. O executivo também afirma que a atividade não compromete as informações sigilosas da empresa e de seus clientes e parceiros.
De acordo com Cernev, o comprometimento de ambas as partes é fundamental para o sucesso do projeto, pois ele requer adaptação de todos os lados e muita troca. Por isso a prática não é tão comum. “Muitas empresas não têm condições de fazer isso, seja pelo tempo ou pela estrutura. É essencial que a equipe esteja disponível para fornecer as informações necessárias e fazer essa intermediação com os alunos, tanto pelo ponto de vista didático como para o resultado final”, diz.
O projeto, que existe há mais de dois anos, foi inspirado em um curso que Cernev participou na Califórnia e que aproximava a sala de aula e as empresas de forma nunca antes vista no Brasil. “A FGV/EASP já possui uma excelente proximidade com diversas empresas, mas considerei essencial proporcionar esse tipo de experiência aos alunos e a instituição deu total apoio”. Ele também conta que em 2018, 8 alunos foram contratados por outras empresas que participaram do projeto e algumas das soluções indicadas foram implementadas pelas empresas.
A disciplina na Braspag será realizada até maio de 2019, com carga horária de 6 horas semanais. As aulas contabilizam como créditos de aulas eletivas para os alunos e não demanda pagamento adicional na mensalidade. A divulgação do curso é realizada internamente na FGV/EASP e também no grupo da graduação em Administração de Empresas no Facebook. “É uma forma de já começar o curso com inovação, até na maneira de informar, em um veículo acessível o tempo todo para os alunos. Eles se identificam com isso”, conclui Cernev.